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Foto do escritorManuela Ferrer

O Instagram volta a fazer das suas!

Esta semana a world wide web foi palco de intensa discussão sobre a decisão do Instagram de ocultar o número de "gostos" - likes - nas publicações feitas na aplicação. Imagino o pânico de quem entrou nesse duelo de contagem de gostos e de quem irá dormir só depois de garantir que " a minha publicação, teve mais gostos do que a tua!".



Podemos, por enquanto, ficar tranquilos e descansados, porque estamos ainda em fase de testes e Portugal não consta da lista. Nela podemos encontrar a Austrália, Brasil, Canadá, Irlanda, Itália, Japão e Nova Zelândia.


A ideia será encorajar os utilizadores a manterem o foco no conteúdo ao invés de publicarem apenas aquele conteúdo que devolverá bons números. Jogo difícil este, verdade? A vida dos recém chegados "influencers" ou "micro influencers" pode tornar-se difícil. E as marcas, que giram à volta deles terão, uma vez mais, de repensar estratégias e formas de comunicação?


Pode ler-se num tweet redigido pelo Instagram "

“We want your friends to focus on the photos and videos you share, not how many likes they get. You can still see your own likes by tapping on the list of people who've liked it, but your friends will not be able to see how many likes your post has received.”



Muitos dos utilizadores irão apreciar e agradecer esta mudança, mas para os "influencers", os "marketers", e as marcas que procuram parcerias, este anúncio parece ser um verdadeiro pesadelo! Reunam-se as equipas para criar as estratégias e pensar "out of the box"!


Crê o Instagram que esta medida poderá ser benéfica para a saúde mental dos seus utilizadores, assim como para os falsos "likes" gerados por bots e por perfis de engajamento fantasma.


Em Maio de 2017, a BBC escreveu que o Instagram havia sido considerado a "pior Rede Social no que diz respeito à Saúde Mental dos Jovens" porque promove a eterna comparação entre os jovens, no que diz respeito à sua imegem visual, à sua vida social, etc.

A primeira razão para esta possível mudança é, segunda o Instagram, a questão da Saúde Mental dos seus utilizadores, que continuam a viver em função do engajamento nas redes sociais.


Os "gostos" são fundamentais na forma como se mede uma publicação. Eles fornecem dados sobre níveis de engajamento que indicam o nível de influencia dos Instarammers e ajudam as marcas a decidir com quem querem estabelecer parcerias. O Facebook - proprietário do Instagram - garantiu às marcas que o as contas "business" não seriam afetadas por estas alterações ( ufa!) e que os "influencers" iriam poder partilhar as estatísticas de engajamento com as empresas patrocinadoras.



A indústria dos bots e dos perfis fantasmas

Existem centenas de aplicativos e sites especializados em automatizar o Instagram e alguns deles não fazem o que prometem, que é interagir com utilizadores reais e potenciais gerando conversões para empresas e negócios.



Esses serviços utilizam bots que interagem com outras contas utilizando o perfil do utilizador, gostando e comentando publicações. É fácil verificar que estas respostas criadas de forma automática e colocadas de forma aleatória por baixo de algumas fotografias, soam exatamente a isso, a falso. É urgente encontrar criativos para esta aérea também.

Esses bots procuram também por utilização de tags que se configuram para obter mais "gostos", mais seguidores e mais visualizações de perfil.

Grande parte dessa indústria gera milhões de dólares no mundo todo, porque é feita para apresentar números, mesmo que grande parte deles não sejam reais.




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